"A real viagem da descoberta não consiste em buscar novas paisagens, mas em ter novos olhos”.
- Thaís Monteiro Salán

- 27 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Às vezes durante uma leitura, me deparo com frases que me atingem de forma especial. Então paro e me observo por um momento. No caso dessa frase, em particular, consegui resgatar seu significado. Recentemente me deparei com uma dificuldade: um tédio muito grande para correr. Via minhas planilhas e sentia uma preguiça enorme. Ao mesmo tempo pensar em não realizar o treino era torturante. Bela sinuca de bico.
De um lado pensei, “OK Thaís, se permita não seguir com isso, se é mais sofrido do que prazeroso, não vale a pena”. Por outro lado me sinto muito melhor depois de correr (mas também não quero que seja uma “tortura").
Em outros momentos da minha vida eu teria buscado uma nova atividade (esportiva ou não). Aliás, essa sempre foi uma observação dos meus pais: “eu adorava novidades, mas

desistia rápido das coisas” (eles se referiam ao ballet, jazz, basquete, piano, entre as outras 1.000 atividades que eu já iniciei).
A diferença é que nesse momento sei o quanto a corrida significa para mim. Ela é uma parceira, que me segura para seguir em frente nas outras áreas da minha vida (mãe, esposa, médica, filha, irmã…). A corrida entrou no meu dia-dia trazendo uma estabilidade que nunca tive antes.
Até 3 meses atrás, meu foco principal era desempenho, tempo, velocidade. Para conseguir isso eu precisava treinar (o que não estava rolando pra mim). Portanto esse foco já não servia mais. Foi quando comecei a marcar treinos com amigas que também corriam. Olhar a corrida como atividade coletiva fez uma baita diferença.
Aí entra a frase do título: eu posso mudar a forma com que eu vejo a corrida ao invés de buscar novas paisagens. O foco não era mais o desempenho, mas sim me encontrar com aquelas pessoas e desfrutar de umas horinhas batendo papo, me exercitando e curtindo. De lambuja veio a melhora do desempenho. Resultado: SATISFAÇÃO.
Assim, a corrida para mim não é só uma atividade é um relacionamento. Dentro os muitos sentimentos envolvidos em um relacionamento, ressalto a PAIXÃO e o AMOR. A PAIXÃO seria passageiro, enquanto que o AMOR duradouro.
Concluindo para manter meu AMOR por correr, me APAIXONEI pela corrida em grupo. E assim seguimos, “eu e a corrida”, juntas.



Comentários