Corrida e Maternidade
- Thaís Monteiro Salán

- 7 de abr. de 2017
- 2 min de leitura

Estive pensando (aliás penso demais, rs): muitas pessoas desistem de praticar atividade física antes mesmo de ter tempo para criar com ela uma relação afetiva (AFETIVIDADE).
Em outro post comentei sobre a necessidade do "desprazer" para existir o prazer e a dificuldade do ser humano em tolerar esse desprazer. É nesse ponto que se desiste de algo, quando se perde de vista que a recompensa virá. Sim, garanto que ela virá, mas talvez demore um pouco mais do que gostaríamos.
Uma analogia que me ocorreu é com a maternidade. Muito do que frustra as mães de primeira viagem (pelo menos foi assim comigo) é a idéia de que ser mãe é prazer instantâneo, à partir do momento que o bebê sai da sua barriga. No meu caso, senti que quando meu filho nasceu veio uma questão bem instintiva mesmo de protegê-lo, alguns diziam até que eu parecia uma leoa, rs.
Agora, amor de mãe e filho na forma de afeto que vemos nas propagandas de TV, ah esse veio com o tempo. Até lá, foram muitas noites mal dormidas, medos, inseguranças, doação, até que ele começou a me ver diferente dos outros: sorrindo ao me ver, parando de chorar ao me abraçar, eu fazia a diferença para ele… Aí sim, foi dessa forma que eu fui encontrando o prazer de ser mãe. Ainda hoje, e agora com a Vicky na parada também, vou descobrindo novas formas de amá-los, e de ficar brava também, rs.
Uma coisa eu digo: tem momentos que eu me vejo dentro de um daqueles comerciais de margarina, já outros… melhor nem comentar, rs. Mais uma vez os opostos se encontrando (PRAZER/DESPRAZER). Nos momentos críticos (negativamente falando), procuro trazer para mim que é passageiro e que virá o momento bom, afinal, o que sobe, desce e o que desce, sobe. Como elo de ligação entre esse extremos está a AFETIVIDADE, quanto maior ela for, mais difícil será de você desistir. Amo tanto meus filhos que é impossível pensar em desistir deles, entende?!
Antes me me tornar mãe eu já corria, aliás fiz uma pausa em ambas as gestações e estou recomeçando de uma nova forma (ah! RECOMEÇO é um belo tema para um próximo post). Agora, retomando meu ponto inicial, pensar que a atividade física é prazer desde o início aumenta as chances de você desistir. Dê tempo para que uma relação afetiva com a atividade física possa surgir.
Assim como com os filhos, sua relação com o esporte é algo a ser criada e cultivada, e digo uma coisa: a minha relação com meus filhos está em constante desenvolvimento. Pois a minha relação com a corrida também!!!
Bons treinos!



Comentários