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VAI EMBORA GRANDE MONSTRO VERDE!


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Há muito se busca entender os fatores que favorecem a motivação. O que nos faz levantar? estudar, trabalhar, correr? Alguns estudiosos do comportamento citam 2 processos aparentemente antagônicos do comportamento humano: a curiosidade e o medo.

Hoje escolhi me debruçar um pouco mais sobre o medo, algo que sentimos (alguns mais, outros menos) quando enfrentamos algo novo, desafiador, no meu caso, a maratona desse domingo (sim, faltam menos de 36h).

O medo é um mecanismo de proteção muito importante, é o medo de ser atropelado que te faz tomar cuidado ao atravessar a rua, por exemplo. Por outro lado, nesse mesmo exemplo, o medo pode te impulsionar a correr e alcançar mais rápido a calçada quando percebe estar vindo um carro durante a travessia da rua. Além disso, o medo pode trazer um toque de curiosidade e então ser motivador. Sabe aquele medo da queda de uma montanha russa muito alta? Para muitas pessoas, esse medo é exatamente o que as motiva a enfrentar a “queda livre”a bordo daqueles carrinhos. Talvez o medo traga curiosidade e a curiosidade somada ao medo resulte em MOTIVAÇÃO em dobro.

A grande questão do medo, a meu ver, é que em muitos casos não temos ferramentas psíquicas para suportá-lo e acabamos ficando paralisados. Nesse caso o medo não é muito motivador, concorda? O que fazer então? O medo é bom para nos motivar, mas temos que aprender, adquirir ferramentas para lidar com ele, dominá-lo e não eliminá-lo.

Foi lendo um livro infantil com meus filhos que tive esse START. Para comprovar que o medo traz curiosidade, é super comum ver uma criança com medo de monstros, mas ao mesmo tempo elas são fascinadas por eles! Meus filhos mesmo A-M-A-M esse livro da foto: “Vai embora Grande Monstro Verde”. Já li 100000000000… de vezes, mas só na última me toquei que esse livro ensina as crianças (e a adulta que vos escreve) a enfrentarem seus medos através de uma estratégia: DESCONSTRUIR o objeto temido.

No início do livro está lá, o grande monstro verde, MEDONHO com seus olhos amarelos, dentes afiados, orelhas pontiagudas… o conjunto de seus atributos físicos é assustador. Mas ao longo do livro vamos parte por parte desconstruindo o monstro. Mandamos embora as orelhas, depois o nariz, e assim vai, até que ele simplesmente desaparece - atenção, DESAPARECE e não deixa de existir (o livro faz questão de enfatizar isso). O medo não deve deixar de existir, ele só deve ser mantido sob controle.

Voltando à minha corrida, na última semana tive momentos de grande angústia pois iria correr em um país diferente, um distância um pouquinho desafiadora (rs) e deixando meu marido e filhos no Brasil. Percebi que a angústia vinha do tamanho do problema: tudo que eu tinha que deixar arrumado para eles na minha ausência, tudo o que eu tinha que levar para a corrida, para uma viagem internacional, só de descrever fico sem ar! Mas então eu comecei com uma coisa, a minha roupa da corrida, em seguida a mala, depois as pendências no trabalho e então o supermercado (queria facilitar para o maridão né?!). Fui mandando embora parte por parte do monstro até que ele desapereceu e não me paralisou de medo.


O q ue podemos tirar disso?


Algo pode ser grande demais para conseguimos lidar com tudo de uma vez, e isso apavora, então tente lidar somente com um pedacinho, depois outro, e outro, até que quando você percebe, você dominou a situação. Aceite o medo, ele está aí para o bem, para te proteger e te motivar, mas não deixe que ele te paralise!

 
 
 

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